sábado, 20 de julho de 2019

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quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Revolta dos Logotipos (2)


Em Agosto de 2015, época da plena explosão dos escândalos revelados pela Operação Lava-a-Jato, publiquei neste blog um texto intitulado “A Revolta dos Logotipos – É hora de Relações Públicas ir além da rotina” (http://nemercionogueira.blogspot.com/2015/08/), no qual pregava que era “necessário um choque institucional na relação entre empresas e governo e entre empresas e opinião pública, para recuperar e melhorar a imagem e reputação das empresas. O que essa situação atual aponta, me parece, é para a necessidade de uma evolução mais radical no posicionamento institucional das empresas”.

 Prosseguia aquele texto:

“Elas precisam ampliar muito sua credibilidade, via valores elevados e a comunicação estratégica e intensa desses valores. E também, elemento fundamental, devem implantar internamente sistemas e métodos que impeçam atos de corrupção – grandes e pequenos.

“Porque parece que a população acha que Chega de Esperteza.


“Por isso, o ente empresarial em seu conjunto precisa, acredito, deixar de se arrastar como um caramujo a reboque da crise e tomar a iniciativa forte de mostrar um cerne, uma essência, que sejam positivos, institucionalmente saudáveis.


“Não só anonimamente, por trás das siglas de suas associações, mas como empresas individuais – e também por seus setores e entidades associativas.


“Esse processo deve começar por um exercício interno de formulação e formalização de valores morais: integridade, anti-corrupção, governança, respeito aos direitos humanos no ambiente de trabalho, promoção social da comunidade, relacionamento transparente com stakeholders, envolvendo todos os acionistas, dirigentes, funcionários, terceiros e fornecedores. E divulgar amplamente a realização desse trabalho”.

Demorou quatro anos, mas o Instituto Ethos, o Centro de Estudos em Ética, Transparência, Integridade e Compliance (FGV-Ethics)  e a International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, finalmente acabam de lançar uma iniciativa nesse sentido, pelo caminho da autorregulação do setor de infraestrutura no Brasil.

Diálogo amplo com os stakeholders, transparência, ética, integridade e combate à corrupção são os componentes de destaque do cardápio, cujo prato principal, acreditam os organizadores, será a autorregulamentação do setor de infraestrutura. Tudo isso é visto como essencial para o desenvolvimento sustentável dessas empresas a longo prazo, bem como para ampliar sua competitividade.

As organizações que criaram a iniciativa estão promovendo encontros e debates com, entre outros, empresas de engenharia, construtoras, operadores de infraestrutura, bancos e financiadores, seguradoras, associações de classe e agências multilaterais.

No link abaixo encontram-se o Termo de Adesão e a Carta de Principios da nova entidade, batizada como Instituto de Integridade e Autorregulação do Setor de Infraestrutura.


Aos mais céticos, esses textos – como meu artigo de quatro anos atrás – podem parecer utópicos, apenas uma bem-intencionada “wish list”. Eu, porém, um irrecuperável otimista, creio que o caminho desenhado será cumprido. Não porque, subitamente, todos os que integrarão esse instituto tenham-se tornado anjos idealistas e sem mácula, mas porque, falando claro, não há outro jeito, se quiserem reconstruir seu perfil institucional, sua sustentabilidade empresarial, sua competitividade – e, portanto, a perenidade das empresas.